dHP : dia Hélio Pólvora

Em 2012, durante um juntar em nosso apartamento, Hélio nos fez rir bastante quando, a certa altura, tentou calcular o número de leitores fieis que ele acreditava ter arrebanhado ao longo de seus mais de sessenta anos de vida literária: “Devo ter uns 150, no máximo 200 leitores espalhados pelo Brasil”, ele disse.

Ora, direis, em um país de 200 milhões de habitantes, dá para aumentar, exponencialmente, tal número. Aqueles que leram os romances Inúteis Luas Obscenas e Don Solidon, sem contar seus inesquecíveis contos, sabem que a palavra mestre aplica-se à perfeição ao nome Hélio Pólvora. É injusto não tornar o seu nome e a sua obra conhecidos e lidos entre os leitores brasileiros. 

Naquele dia mesmo, do jantar em nosso apartamento, comecei a me perguntar como fazer para promover o autor de contos, ensaios e romances tão memoráveis.

 

De tanto me perguntar, cheguei à esta questão: como é mesmo que se começa uma boa e bela tradição? Começando. Com um simples e primeiro passo. Começando. Por isso que a Casarão do Verbo está dando o primeiro passo para a criação do dHP — o dia de Hélio Pólvora. A ideia é celebrar, a cada 2 de outubro, junto com leitores e admiradores, a literatura produzida por esse mestre contista ao longo de mais de sessenta anos. Leitores de todas as partes do mundo serão convidados a erguer, brindar e beber — estejam onde estiverem —, uma taça de vinho (vale na verdade a bebida preferida do leitor) em homenagem ao homem e ao escritor Hélio Pólvora. Os encontros deverão ser marcados por leituras de trechos dos livros de Hélio. Começa este ano!

Rosel Bonfim Soares

 

 

O ESCRITOR BRASILEIRO NA VITRINE